A grande velocidade e agilidade do F-14 Tomcat, e a performance do seu enorme radar AWG-9, indicavam fortemente que o Gato Selvagem da Marinha dos Estados Unidos poderia executar missões de reconhecimento com grande desenvoltura tática.
Assim, surge o projeto TARPS, de Tactical Aerial Reconnaissance Pod System.
O sistema consistia de três baias com diferentes tipos de câmeras apontadas para baixo atrás de vidros opticamente planos.
O TARPS foi colocado em serviço na chegada à frota em 1981 e permaneceu em uso até o final do serviço do Tomcat em 2006.
O casulo em si tem 5,2 m de comprimento e pesa 840 kg, sendo transportado a estibordo do túnel entre as nacelas do motor.
Os Tomcats F-14A e F-14B tiveram que ser especialmente modificados para transportar o pod TARPS.
O trabalho envolvia o roteamento da fiação de controle da cabine traseira e conexões do sistema de controle ambiental (ECS) para o pod.
Um comissionamento padrão era de pelo menos três aeronaves com a capacidade TARPS por esquadrão designado (apenas uma por Air Wing ).
Todos os F-14Ds mais modernos já foram entregues compatíveis com TARPS, o que permitiu maior flexibilidade no agendamento de aeronaves e na realização de manutenção.
Um painel de controle já vinha instalado na cabine traseira e o RIO (radar intercept officer) tinha controle total sobre a operação do pod.
Também existia um botão de acionamento pelo piloto que ativava as câmeras conforme selecionado pelo RIO (mas raramente usado).
O TARPS usava um conjunto de quatro câmeras KA-93 de 910 mm (36″) de distância focal Long Range Optic (LOROP), depois trocadas pelas KS-153 LOROP.
Um dos últimos upgrades do TARPS antes da aposentadoria foi a introdução de uma interface digital para que as imagens pudessem ser capturadas em um cartão PCMCIA Tipo II de 128 MB!
- TEXTO E FOTOS:
- TIO MÍSSIL ERIC TAGLIONI