A maior parte do valor citado cobre a venda de grandes lotes das chamadas munições ar-solo (bombas “burras”) da Família Mk, dos modelos Mk. 81, Mk. 82, Mk. 83 e Mk. 84, produzidas pela Lahab Defense Systems, subsidiária do Edge Group.
Por décadas, essa “família” de munições ar-solo tem sido usada por várias nações, atendendo os mercados que trabalham dentro de especificações MIL-SPEC NATO.
No Brasil, essas armas são fabricadas e exportadas pela MAC JEE e pela AEQ, para citar as duas empresas mais conhecidas que atuam nesse mercado.
O Ministério da Defesa dos EAU também contratou, por 132,6 milhões de dólares (487 milhões de AED) as munições modulares RASH 2M e 2H, fabricados pela EDGE Adasi e concebidas como munições ar-solo dotados com kits de guiamento de precisão, o que converte “bombas burras” em “smart weapons” a custos competitivos.
A SIATT, que há muito ansiava pela transposição do obstáculo mais temido pela Indústria de Defesa Brasileira, que é alcançar a industrialização do seu produto, finalmente anunciou seu primeiro big deal, um contrato de US$ 300 milhões (1,1 bilhão de AED) em mísseis superfície-superfície MANSUP para o governo dos Emirados Árabes Unidos, e outro contrato, este para atender a Marinha do Brasil, orçado no valor de US$ 160 milhões (600 milhões de AED).
Os mísseis MANSUP foram co-desenvolvidos pela SIATT e Marinha do Brasil, prevendo performances similares aos mísseis que dominam esse mercado.
Existe uma gama de países interessados no míssil da SIATT/EDGE, pois esse pode ser configurado em várias opções, seja embarcado, ou como bateria de costa, etc, sem apresentar as dificuldades e restrições impostas por outros fabricantes e seus controladores.