
Veículos dos anos 30, 40, 50 utilizados pela Força Blindada do Exército Brasileiro em fotos de Roberto Caiafa.
No histórico aquartelamento do 15º R C Mec, uma frota de veículos blindados utilizados pelo Exército Brasileiro (e pela unidade), durante a 2ª Guerra Mundial, encontram-se preservados.
ESPAÇO CULTURAL ALAMEDA DOS BLINDADOS
O 15º Regimento de Cavalaria Mecanizado (Es), localizado na Vila Militar, no Rio de Janeiro, é conhecido historicamente como “Regimento General Pitaluga“.
Atualmente, está vinculado ao Grupamento de Unidades-Escola/9ª Brigada de Infantaria Motorizada (GUEs/9ª Bda Inf Mtz), servindo como batalhão preparatório de Cavalaria e como unidade de pronto-emprego.
Um M8 Greyhound 6×6 em diorama representando as operações na Itália com a Força Expedicionária Brasileira recorda a primeira e única unidade a operá-los em guerra, o 1º Esquadrão de Reconhecimento Mecanizado da Força Expedicionária Brasileira (1944/45).
Treze destes veículos representaram a Cavalaria de Osório, muito embora existissem 15, sendo que dois estavam indisponíveis logo no início da campanha, um deles foi atingido na traseira por um tiro de bazuca alemã, comprometendo-o seriamente, mas a tripulação nada sofreu.
Armado com um canhão de 37 mm e duas metralhadoras .30, sua blindagem variava de 0,8 a 1,5 cm de espessura, guarnição de 4 homens, sendo considerado pelos seus operadores como um carro não muito confortável, apesar de confiável.
Projetado e construído pela Ford Motor Company a partir de 1942, alcançou a casa das 11 mil unidades produzidas e foi usado como veículo padrão das unidades de reconhecimento no exército americano entre 1942 e 1945, ficando famoso por suas características de grande mobilidade, em se tratando de um 6×6, além de possuir um visual futurista para a época.
Nas fotos abaixo, M-8 do 1ºª Esquadrão de Reconhecimento Mecanizado da FEB em ação na Itália, na região de Zocca.

M-8 Leão do Norte. Notar o emblema da
cobra fumando na parte frontal do veículo.
No acervo também estão em exibição um carro de combate leve M41C Caxias, derivado do Walker Buldog.
O exemplar em exposição é da série modernizada pela empresa Bernardini na década de 1980 do século passado com novo motor Scania e canhão de 90 mm tubo longo, granadas fumígenas e nova torre, com acréscimo de blindagem e “cesto”.
Outra atração é um meia-lagarta de reconhecimento M2 Half Track e o M3A1 Scout Car (sua versão sobre rodas), um clássico da 2ª Guerra Mundial que foi empregado em praticamente todos os teatros de operações dos Aliados.
M2 Half Track – Trata-se de um veículo semi-lagarta, baseado em um caminhão, usando esse arranjo para permitir melhor locomoção em terrenos acidentados/off road.
O M2A1/M3A1 foi produzido em grande quantidade entre 1940 e 1944, chegando as 13.000 unidades.
A sua versatilidade e utilidade criou uma grande série de modelos mais avançados como os M3 e os M9, sendo incorporados aperfeiçoamentos.
Fechando a Alameda, existe também a torre de um carro de combate leve M3 Stuart.
Usado em grandes quantidades pelo EB durante e após a 2ª Guerra Mundial, esse valente blindado foi a base de várias experiências, desenvolvimentos e deu origem a novas versões desenvolvidas pela indústria brasileira.
O acordo de Len-Lease entre 1941 e 1945, resultou na entrega do seguinte material:
- 84 Blindados de Reconhecimento 4×4 M3A1 Stuart Car;
- 8 meia lagarta M2 Half´Track e M3A1;
- 54 blindados T17 Deerhound 6×6 com canhão de 37mm e Mtr .30;
- 20 M8 Greyhound 6×6, base para futuros projetos nacionais;
- 104 M3A3 e M3A5 Lee, com canhão de 75mm e 35mm além de Metralhadoras, guarnição composta por 6 homens, velocidade máxima de 40 km/h;
- Em 1945 foram entregues 53 carros de combate Sherman M4, M4A1 e M4 Composite Hull, guarnição de 5 homens e velocidade de 50 km/h.