Gripen realiza teste de clima quente em Anápolis (GO)
Aeronave instrumentada FTI (protótipo de desenvolvimento), o caça F.39 Gripen E FAB 4100 está sendo submetido a uma bateria de testes em voo e em solo na Base Aérea de Anápolis (BAAN).
Objetivo, verificar o comportamento e performance da aeronave em altas temperaturas realizando uma campanha de ensaio em voo de clima quente.
Esses testes pretendem validar, em uma situação real, os cálculos preditivos dos engenheiros com relação ao calor externo que a aeronave pode suportar, e corrigir quaisquer problemas de cooling (refrigeração) insuficiente dos aviônicos e outros equipamentos a bordo, nas aeronaves de série já entregues e operando em Anápolis.
Em pleno Planalto Central, e a 1.100 metros de altitude, a base apresenta temperaturas médias de 35º C ao longo do ano, portanto o problema do calor atuando nas aeronaves é mais um desafio na implementação dos aviões.
O FAB 4100, normalmente baseado em Gavião Peixoto, no Centro de Ensaios em Voo do Gripen (GFTC), foi despachado para Anápolis com uma meta a ser alcançada, resolver a questão do calor.
Para liderar a equipe de profissionais brasileiros da Saab Brasil e da Embraer durante os testes em Anápolis, a Saab trouxe da Suécia o engenheiro de ensaios em voo Erik Magnusson, responsável pelos testes de clima globais.
Em paralelo, outra equipe de engenharia está envolvida em diversas fases dos ensaios de clima iniciados em setembro na planta de Gavião Peixoto, e continuarão trabalhando nos próximos meses para validar outros parâmetros de temperatura como parte dos testes globais.
Segundo Erik Magnusson “Este é um importante passo que integra a campanha global de ensaios do Gripen E, pois os testes realizados aqui são válidos para todas as aeronaves do modelo, não somente para o Gripen brasileiro. Essa foi a primeira campanha do FAB 4100 realizada fora de Gavião Peixoto em 2023, e a primeira na Base Aérea de Anápolis”, concluiu o engenheiro.
Em Anápolis, o caça foi exposto ao sol por longos períodos para que os engenheiros pudessem avaliar o comportamento da aeronave diante da altas temperaturas da base.
Durante três dias, o piloto de testes da Saab Jonas Jakobsson decolou com o Gripen à uma temperatura média de 32ºC e realizou um percurso de aproximadamente 1 hora.
Os resultados obtidos serão usados para validar/certificar que a aeronave está 100% pronta para operar em clima quente, conforme os requerimentos de desempenho colocados pela Força Aérea Brasileira para a utilização do F.39E no Brasil.
Os cerca de 800 sensores, entre sensores próprios do avião e outros instalados especialmente para o teste, coletaram os dados da aeronave em solo e durante todo o voo.
As informações, transmitidas em tempo real para uma sala de telemetria montada pela equipe da Saab e Embraer na BAAN, permitem a equipe de engenheiros acompanhar em detalhes os testes.
No pouso do FAB 4100, é realizada a medição da temperatura dos freios, feito o resfriamento com emprego de dispositivos de ventilação específicos, os dados dos sistemas da aeronave são descarregados para novas análises enquanto uma nova rodada de testes já está sendo preparada.
“Os resultados iniciais foram positivos e confirmaram muito do que já havíamos previsto. Os dados de todos os sensores agora serão utilizados para validar que o Gripen pode operar com excelente desempenho em regiões com clima quente, seco e de altitude elevada, como o encontrado no Brasil, ou em qualquer outro local do mundo com temperaturas semelhantes”, afirma Eduardo Kitada, engenheiro de sistemas da Embraer, responsável pelos testes de clima no Brasil.
Caramba !! A Primeira foto com o Head Up Display… é E S P E T A C U L A R
Baita foto mesmo