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Rússia aprova estratégia de desenvolvimento de aeronaves não tripuladas até 2030: e-VTOLS fazendo escola…

Dentro de 6,5 anos, a Rússia deve criar um novo ramo da economia relacionado à criação e uso de drones civis, de acordo com a estratégia para o desenvolvimento de aeronaves não tripuladas até 2030, aprovada pelo Governo de Moscou.

O documento identifica cinco áreas principais: estimular a demanda por sistemas aéreos não tripulados domésticos, desenvolver e produzir em massa tais sistemas, bem como criar grandes centros de produção, desenvolver infraestrutura, incluindo a construção de aeródromos, heliportos e portos de drones promissores, treinar pessoal para apoiar aeronaves não tripuladas, e investir na pesquisa fundamental e promissora na área de sistemas aéreos não tripulados.

O anúncio acontece após o “show” dos e-VTOLS durante o Paris Air Show 2023, evento global da indústria aeroespacial , o qual os russos estão impedidos de participar devido a invasão militar ilegal da Ucrânia.

Ejetados do processo de desenvolvimento e implementação dessas novas tecnologias em todo o mundo, resta aos russos tentarem desenvolver algo minimamente similar a parte, mas o timing não é favorável a Moscou.

O bloqueio no acesso a processadores de alta capacidade, baterias para uso aeroespacial, motores elétricos avançados e softwares de controle e gerenciamento desses vetores no espaço aéreo, que é exatamente o que foi demonstrado em Bourget na semana do Paris Air Show, apenas indicam que a Rússia terá de começar o desenvolvimento de seus e-VTOLS da estaca zero, sem ter acesso a nenhum dos avanços obtidos por uma miríade de empresas, start-ups e centros de pesquisa ocidentais.

Mesmo que consiga superar esse imenso desafio tecnológico (com ou sem a ajuda chinesa), restam dúvidas sobre quais mercados comprariam o sistema russo enquanto o resto do mundo provavelmente já estaria na 2ª geração de e-VTOLS e prestes a lançar a terceira.

A antiga fórmula de exportar armamentos em troca de commodities para obter influência geoestratégica não funciona mais a duas décadas, ou seja, desde que a Rússia passou a ser governada por Vladmir Putin e sua trupe.

No final das contas, os russos podem realizar todo esse esforço apenas para se verem reféns da China, que certamente tem um esforço e-VTOL em curso no mínimo tão avançado quanto da indústria aeroespacial ocidental.

Qualquer apoio chinês terá um custo que talvez Moscou não esteja disposta a pagar, no entanto, é isso ou ficar a margem dessa nova indústria que vai ganhando forma massivamente.

O Brasil na liderança dos e-VTOLS

A fabricante de aeronaves elétricas Eve, que faz parte da Embraer, e a norte-americana Blade Air Mobility estão expandindo sua parceria para integrar o futuro veículo de pouso e decolagem verticais (eVTOL) da Eve à rede de rotas europeias da Blade, começando pela França.

O novo memorando de entendimento firmado entre as companhias no Paris Airshow 2023 vem após acordos semelhantes para uso dos veículos elétricos da Eve na Índia e nos Estados Unidos.

A Eve é controlada pela Embraer e espera iniciar as operações de sua aeronave elétrica em 2026, tendo afirmado em maio estar “muito satisfeita” com o processo de desenvolvimento do eVTOL à medida que avança em testes.

As duas empresas não detalharam se o acordo incluiria novas compras de eVTOLs pela Blade, cujas operações europeias incluem voos de helicópteros convencionais entre Nice e Mônaco.

No ano passado, Eve e Blade já haviam anunciado um acordo para implementar até 200 aeronaves elétricas na Índia, depois de também terem assinado uma carta de intenções para operações nos EUA, mercado no qual a Eve espera fornecer até 60 veículos por ano.

Eve Urban Air Mobility anuncia parceria com a Ascent.

“A ampliação da parceria com a Eve destaca o compromisso da Blade em liderar a transição de aeronaves verticais convencionais para veículos elétricos”, disse o presidente-executivo da Blade, Rob Wiesenthal.

Embora ainda não tenha iniciado produção, a Eve já possui uma carteira com cerca de 2.800 pedidos do eVTOL, com o desenvolvimento apoiado por investidores como a United Airlines e Rolls-Royce.

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Roberto Caiafa
Jornalista e Repórter Fotográfico especializado na Editoria de Defesa com mais de 15 anos de experiência profissional. Corresponsal no Brasil de Infodefensa desde abril de 2011. Youtube Canal Caiafamaster (https://www.youtube.com/c/caiafamaster)

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